Algo que tem ocupado meus pensamentos por um longo tempo é o modo como criamos barreiras contra nós mesmos, contra o que podemos sentir ou pensar. Racionalizamos de tal forma nossos sentimentos que deixamos de conhecer o puro e simples fato de SER HUMANO.
Basta pensar em quantas vezes você já disse a si mesmo: " Nunca mais me doarei dessa forma" ou " Agora eu vou é pirar, não quero saber mais de compromisso, quero é ficar!"
Eu diria que é natural do humano criar tais aprendizagens diante de suas vivências mas... tão natural quanto é a capacidade que temos de nos embrenhar pelos caminhos tortuosos e arriscados dos sentimentos.
Tomemos por exemplo o "chorar". Se você for atrás de algumas músicas com o verso " Nao vou mais chorar" ou "Cansei de chorar" e afins encontrará zilhões delas. Isso porque é convenção enraizada a defesa de um pedestal do qual não podemos descer. A defesa de um " Nunca se rebaixe para ninguém" ou um " Ela não vale uma gota de lágrima sua." Criamos uma noção de hierarquia natural assim que caímos do cavalo e rapidamente queremos "sacudir a poeira e dar a volta POR CIMA", veja bem, POR CIMA. Mantém-se a idéia do " como fui humilhado agora devo me reerguer e mostrar que sou mais importante que o outro, que posso ser amado por um outro alguém" E esse é terreno propício para a vingança, rancor e ódio para com o outro, sentimentos que em geral só trazem prejuízos para a pessoa que os alimenta. Então você me pergunta: Mas ter ódio e rancor não é ser tão humano quanto amar alguém? Não é isso que você está defendendo aqui? Eu responderia que sim, mas então te perguntaria o que te traz um mal maior: odiar e ser rancoroso ou amar e ser frustrado?
Retomando a questão do "chorar", esses sentimentos que em geral são negativos podem ser simplesmente lavados e trabalhados com a vivência de um bom e intenso luto de perda. Chore suas mágoas, esperneie, bata o pé no chão como uma criança que deixou o balão escapar ou o pirulito cair e depois disso, seja quanto tempo você precisar para chorar essas mínguas, você verá que...passou. É assim mesmo, a única coisa que tomará sua mente será um: "IH! Passou."
Pode até parecer coisa de EMO mas... chorar tem uma importância sem igual. Usando uma lógica meio boba mas bem útil que me apareceu aqui agora meio que por insight, imagine o seguinte: Você é um celular que Deus criou. Esse celular veio com as funções brigar, tocar, falar, cantar (entre outras) e veio também com a função chorar. Então porque Deus criaria essa função se não fosse útil? Porque não ia querer que fosse usada quando necessário? Aí você diz:"Mas Deus me quer sorrindo." Claro que sim, mas Ele sabe muito bem quando você precisa chorar e falar com ele.
Então da próxima vez que você pensar em não mais chorar ou não mais se envolver por inteiro, reavalie. Pense que é inerente ao SER HUMANO amar, sentir-se triste, frustrado, ter raiva... e sempre saiba que se pode ter uma decepção no fim da linha mas... e daí? Algumas semanas (no meu caso), meses e tudo ficará bem de novo, eu estarei pronto para uma nova missão.
Portanto PERMITA-SE ser tocado(a), ser amado, ame, invista 1 milhão em afeto ainda que você ache que a retribuição não chega perto disso (é melhor fazer isso do que " desinvestir" porque aí mesmo é que o outro o fará também), perceba gestos simples de carinho e apaixone-se, enfim, se no fim da estrada há uma bifurcação que vai te separar da pessoa que te acompanha, não é motivo para você soltar a mão dela no caminho e nem é motivo para deixar de andar pelo caminho que você escolheu.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Reflexão Bíblica - Romanos 5; 6-8: Lógica da mesma moeda
"6 - Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 - Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
8 - Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores."
É interessante notar o quão atual é um texto como esse quando pensamos na realidade do mundo capitalista em que vivemos. Mas você me perguntaria: O que uma coisa tem a ver com a outra? Explico.
Tome por exemplo a expressão já batida: "Devolver na mesma moeda", isso não soa bem capitalista?
Pois bem, o ponto é que a lógica dominante nessa sociedade é: pago e recebo algo de igual valor, alguém pega no meu pé pegarei também, amo muito uma pessoa e ela tem que se desdobrar para me amar exatamente naquilo que considero a porção de amor exata a que estou investindo (o engraçado é: alguém já inventou um amorômetro?).
Não estou com isso querendo defender o amor platônico, nem que se finja não se incomodar quando alguém pegue no seu pé, só quero chamar atenção para o fato de que a lógica da mesma moeda nos afasta da mensagem do evangelho. Se relermos o texto veremos: Jesus deu lucro a uma humanidade em débito, a uma humanidade que havia pecado e causado prejuízos aos planos de Deus para o mundo. Então questionamos, será que a lógica de Cristo era a da mesma moeda?
É essencial que se não devolva ódio com ódio, desprezo com desprezo.Lamenta-se que até hoje predominem comemorações quando a TV satisfaz o desejo vingativo de milhões com mortes trágicas dos vilões da novela. Antes pudessem mostrar esses Fulanos conhecendo a Cristo e se redimindo (vai sonhando Fabrício! rsrsr).
Como ensinar quem o odeia a amar se você também o odeia? O próprio Jesus questiona em Lucas 6; 32:
"E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam."
Com isso podemos propor uma nova lógica. Se Jesus nos diz que a recompensa está em amar nossos inimigos, porque acreditar na lógica da correta proporção? Há mais (e muito mais) lucro em conseguir mostrar amor a quem odeia pois quanto mais eu me fechar no mundo dos que somente amam, menos "odiadores" aprenderão sobre o amor de Cristo... um grande prejuízo não???
A proposta
Como marco inicial deste blog é interessante revelar a proposta do mesmo.
Primeiramente pensei no nome Pluriface pois me vi movido a escrever sobre tantas coisas e de tao diferentes formas que acabei me enxergando como um ator, que desenvolve múltiplas faces para realizar seu papel. Assim, me vi o cristão incomodado com os valores do mundo, me vi o psicólogo que precisa falar para que se conheça a profissão adequadamente, o professor de Inglês que reflete sobre suas experências em sala, o piadista dos joguetes e trocadilhos, o escritor de contos, o aspirante a poeta, o "cara que opina" sobre o mundo e sobre a mídia, o próprio Fabrício em seu mundo particular enfim, me lancei no doce prazer da viagem pelos diferentes papéis que posso assumir. Entao, pensei em 14 tipos de post e trabalharei cada um deles a cada postagem: Contos, Reflexão Bíblica, Reflexão cristã para os dias de hoje, Reflexão youtúbica, Reflexão Imagem, Momento humor, Reflexão cinéfila, Reflexão pessoal, Reflexão notícia, Reflexão Musical
Reflexão Psicologia, Reflexão Família, Poesia e Reflexão Inglês.
Espero que eu possibilite leitura interessante em cada uma dessas áreas, pelo menos posso crer que sim, afinal, são 14 chances, 14 faces.
Primeiramente pensei no nome Pluriface pois me vi movido a escrever sobre tantas coisas e de tao diferentes formas que acabei me enxergando como um ator, que desenvolve múltiplas faces para realizar seu papel. Assim, me vi o cristão incomodado com os valores do mundo, me vi o psicólogo que precisa falar para que se conheça a profissão adequadamente, o professor de Inglês que reflete sobre suas experências em sala, o piadista dos joguetes e trocadilhos, o escritor de contos, o aspirante a poeta, o "cara que opina" sobre o mundo e sobre a mídia, o próprio Fabrício em seu mundo particular enfim, me lancei no doce prazer da viagem pelos diferentes papéis que posso assumir. Entao, pensei em 14 tipos de post e trabalharei cada um deles a cada postagem: Contos, Reflexão Bíblica, Reflexão cristã para os dias de hoje, Reflexão youtúbica, Reflexão Imagem, Momento humor, Reflexão cinéfila, Reflexão pessoal, Reflexão notícia, Reflexão Musical
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