sábado, 22 de janeiro de 2011

Reflexão Musical: Living in Fast Forward

Não é segredo pra amigos e conhecidos o meu gênero musical favorito: Country Music! Diga-se bem:country, AMERICAN country, não falo de sertanejo, até gosto de alguns, mas cá entre nós, com a leva do sertanejo universitário cheio de riminhas infantis que mais se assemelham a "Batatinha quando nasce", eu tenho mesmo que enfatizar.
Para início das minhas reflexões musicais (que basicamente terão Country e Gospel) quero usar uma música que muito me chamou atenção no início da minha busca por Country na net: Living in Fast Forward de Kenny Chesney. A letra retrata o ritmo de vida acelerado de muitos e a necessidade de reduzir a velocidade para ter uma vida mais saudável. Confira:

The body's a temple (O corpo é um templo)
That's what we're told ( Isso é oque nos dizem)
I treated this one like an old honky tonk (Eu tratei esse como um velho honky tonk - bar de cowboys -)
Greasy cheeseburgers (Cheeseburgers gordurentos)
And cheap cigarettes ( E cigarros baratos)
One day they'll get me if they ain't got me yet, 'cause (Um dias eles me pegam, se é que não já pegaram)

(Chorus)
I've been livin' in fast forward ( Tenho vivido em ritmo acelerado)
Hillbilly rockstar out of control ( "Capial" rockstar fora do controle)
I've been livin' in fast forward
( Tenho vivido em ritmo acelerado)
Now I need to rewind real slow ( Agora tenho que rebobinar devagar)

My friends all grew up (Todos os meus amigos cresceram)

and they settled down ( E se arranjaram)
Nice little houses on the outskirts o' town (Casinhas legais fora da cidade)
They work in their office (Trabalham em seus escritórios)
And drive SUVs (E dirigem SUVs)
They pray for their babies (Oram por seus filhos)
And they worry ‘bout me ( E se preocupam comigo)

(Chorus)

I'm always runnin', son-of-a-gunnin' (Estou sempre correndo, filho da caça)
I've had a good time, it's true ( Me diverti, é verdade)
But the way I been goin' (Mas da maneira que estou levando)
It's time that I tone it down just a notch or two ( É hora de baixar o volume um grau ou dois)

Oh yeah...

(Chorus x 2)

Yeah I need to rewind real slow... (É, preciso rebobinar bem devagar)

Yeah I still got some miles to go...(É, ainda tenho algumas milhas para caminhar)


Pois bem, essa música me fez pensar que, assim como enfatizamos a questão da brevidade da vida e de como devemos aproveitá-la ao máximo, também é necessário o cuidado com aquilo que acreditamos nos causar prazer. É um belo de um cheeseburger?Um cigarrinho?É a liberdade sem medida? É, pode ser que seja esse o caso, mas encontramos aí o paradoxo: Aproveito a vida porque ela é curta mas o que uso para aproveitá-la a encurta.
Existem inúmeras coisas que nos dão um prazer momentaneo, mas problemas longos como: cigarro, drogas e má alimentação. Mas existem coisas simples que trazem prazer longo, como um bom emprego e filhos. 
A música demonstra a correria do dia-a-dia mas por um outro ângulo: o de quem optou por desregrar-se e não se amarrar em rotinas.
É particularmente interessante notar que geralmente só enxergamos os dois lados: dedicar-me loucamente ao trabalho e uma vida de sucesso ou aproveitar a vida e deixar isso um tanto de lado. Entretanto, há também o meio termo que acaba ficando para escanteio: ambas as coisas sao importantes.
O problema é, os felizardos que encontram o meio termo acabam levando a filosofia do ritmo acelerado para tudo. 
Devo trabalhar? Sim, rápido vamos lá que logo tenho que chegar em casa para ver o jogo. 
Quando em casa vendo o jogo: Meu Deus amanhã cedo tenho q trabalhar,mas TENHO que ver o jogo, é o meu lazer!
Depois que o jogo acaba o indivíduo desaba na cama e no dia seguinte já acorda cansado, pensando em como seria bom ter férias.
As férias chegam e tudo que ele pensa, junto da família na praia é que quando voltar tem muita coisa acumulada e entao decide encurtar o período para dar conta das pendencias na empresa...
Enfim, assim o ciclo continua e nunca se encontra lazer de fato, apesar do espaço que você encontrou com esforço para se divertir um pouco, ele não cumpre seu fim.
Tudo se resume ao tempo que você não dedicou a si mesmo, que não desalecerou, não recomeçou, não rebobinou (com o perdão da tradução, não encontrei palavra que representasse melhor esse voltar do filme da vida mostrado na música), não curtiu o durante, o presente, optou por nao descansar para "aproveitar" o tempo de lazer que lhe resta. 
Fazendo uso da analogia de estrada de novo, pense o seguinte: Se a vida é sua estrada e a estrada é bela como a vida, porém curta, é até lógico que eu deva ir devagar, caso contrário não estarei bem para curtir as alegrias da estrada e o pior: há mais riscos de acidentes no percurso.

6 comentários:

  1. Muito bom o poste Parabéns!! um dica faz a reflexão da musica do Bob Dylan

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  2. Nao conheço muito Bob Dylan, mas lembro de ter ouvido uma muito boa numa reportagem do esporte espetacular, vou atrás dela e farei sim.

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  3. Eu sei o nome é Blowin in the wind é essa ae!

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  4. Desacelerar é bom, mas às vezes, por mais que queiramos, o mundo nos força a não fazê-lo. Dilemas da vida =/

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  5. Ei, Bríticiooo...blogueiro, né? Hehhehe...eu também. Kkkk...beijos, queridoo.

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  6. É Priscila... é quase que um ato de mártir você escolher seu descanso e nao uma nova oportunidade de emprego, escolher a familia e nao "mais tempo no trabalho", escolher o prazer das coisas simples e nao a filosofia do carpe diem desordenado e auto-destrutivo. É Dani... o todoteen agora tem blog rssrrs

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